Um estudo recente descobriu que a cidade de Nova Iorque pode estar afundando lentamente sob seu peso. Esse fenômeno, conhecido como subsidência, ocorre quando estruturas pesadas, como edifícios, se acomodam gradualmente ao longo do tempo ou quando mudanças significativas na Terra fazem com que objetos afundem no solo.
O estudo, publicado na revista Earth's Future, examinou as condições geológicas abaixo da cidade e as comparou com dados de satélite, revelando que a cidade está gradualmente entrando em colapso.
Existem várias razões para a subsidência, incluindo movimentos súbitos em sedimentos moles ou a pressão exercida por cargas pesadas em depósitos moles. Segundo os cálculos do estudo, a cidade vive um lento processo de afundamento a uma taxa de aproximadamente 1 a 2 milímetros por ano. Embora isso possa não parecer significativo, é importante observar que esse é um valor médio, pois algumas áreas estão afundando em um ritmo muito mais rápido.
As alterações na fundação da cidade, que abriga mais de 8 milhões de pessoas, podem representar uma ameaça para suas áreas baixas. Consequentemente, os pesquisadores enfatizam a necessidade urgente de investir no desenvolvimento de estratégias destinadas a mitigar o risco crescente de inundações e aumento do nível do mar.
Segundo Tom Parsons, geólogo do Serviço Geológico dos Estados Unidos, o objetivo do estudo é aumentar a conscientização sobre os potenciais riscos de inundações futuras associados à construção de arranha-céus adicionais em locais costeiros, fluviais ou à beira de lagos.
A cidade de Nova Iorque não é a única metrópole que enfrenta subsidência. Prevê-se que Jacarta, capital da Indonésia, tenha um quarto de sua área submersa até 2050, com algumas partes da cidade afundando quase 11 centímetros por ano devido à extração excessiva de águas subterrâneas.
Em comparação com outras cidades, Nova Iorque ocupa o terceiro lugar em termos de vulnerabilidade a futuras inundações. Uma parte significativa da parte baixa de Manhattan fica a apenas 1 a 2 metros acima do nível atual do mar. Os impactos de furacões como Sandy em 2012 e Ida em 2021 destacaram a rapidez com que a cidade predominantemente pavimentada pode ser inundada.